Atração mostra pela primeira vez na televisão o depoimento de agentes da repressão. Programa será exibido nesta quarta-feira, 30, a partir das 23h15
Com exclusividade e pela primeira vez na televisão brasileira, o Conexão Repórter exibe um especial de 50 minutos sobre a ditadura militar, que será tema da novela Amor e Revolução, que estreia no dia 5 de abril. Nesta quarta-feira, 30, Roberto Cabrini e sua equipe – vencedores do Prêmio Esso de Jornalismo de 2010 – trazem entrevistas com três personagens que participaram de um dos momentos mais sombrios do Brasil: João Lucena Leal, Jarbas Passarinho e Sebastião Rodrigues de Moura, o Coronel Curió.
João Lucena, listado entre os 12 maiores agentes da repressão pelo Grupo Tortura Nunca Mais, conta com detalhes como eram obtidas as confissões, admitindo as torturas em nome do Estado. Jarbas Passarinho, responsável pela instituição do AI-5, reconstitui como foi o momento em que o governo acabou com a liberdade de imprensa. Já Curió comenta com riqueza de fatos como foi um dos momentos mais obscuros da recente história brasileira: a Guerrilha do Araguaia.
Foram três meses de pesquisa e um trabalho de apuração que percorreu todo o território do País em busca de relatos sobre o período da ditadura. A atração também exibirá imagens exclusivas da novela de Tiago Santiago.
Confira, abaixo, uma breve entrevista com Roberto Cabrini:
Como surgiu a ideia de um especial sobre a ditadura militar?
Sempre quis fazer um especial sobre a ditadura militar. É a primeira vez na televisão que conseguimos entrevistar os agentes da repressão. Durante a apuração, encontramos vários personagens, mas muitos deles não quiseram dar entrevistas.
Como foi o trabalho de apuração?
Durou três meses. A entrevista com o João Lucena tem quatro horas de duração. Ele conta como eram as torturas, como foi o episódio da prisão da presidenta Dilma Rousseff e outros fatos importantes da história.
Os agentes da repressão serão identificados claramente no programa?
Eles serão identificados e falarão que tudo o que foi feito foi por patriotismo, em nome do Estado.
As vítimas de tortura também serão ouvidas?
Sim. O nosso programa não é uma história de mocinhos e bandidos. Mostraremos também o outro lado. Mostramos a entrevista feita com João Lucena para as suas vítimas.
Sobre a Guerrilha do Araguaia: Ocorrida no início da década de 1970, a guerrilha levou este nome por ter sido travada em localidades próximas ao rio Araguaia, na divisa entre os atuais estados do Pará, Maranhão e Tocantins (na época, pertencente ao Estado de Goiás). A guerrilha foi organizada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B), que, desde meados dos anos 1960, já mantinha militantes na região do conflito.
Sobre Jarbas Passarinho:Foi ministro de três governos durante o regime militar no País. Passarinho nasceu em Xapuri (AC) em 1920, participou da articulação do golpe de 64 e, no mesmo ano, assumiu o governo do Pará, indicado pelo presidente Castello Branco.
Sobre Coronel Curió: A carreira de Curió como agente da repressão começou da década de 70 no sudeste do Pará, região do Araguaia/Tocantins. Chegou no Araguaia como homem do Serviço Nacional de Informação (SNI).
Sobre João Lucena: João Lucena é citado em 4 diferentes listas do Projeto Brasil Nunca Mais. Há sete depoimentos de ex-presos políticos contra João Lucena. É atualmente advogado inscrito na OAB de Rondônia.
João Lucena, listado entre os 12 maiores agentes da repressão pelo Grupo Tortura Nunca Mais, conta com detalhes como eram obtidas as confissões, admitindo as torturas em nome do Estado. Jarbas Passarinho, responsável pela instituição do AI-5, reconstitui como foi o momento em que o governo acabou com a liberdade de imprensa. Já Curió comenta com riqueza de fatos como foi um dos momentos mais obscuros da recente história brasileira: a Guerrilha do Araguaia.
Foram três meses de pesquisa e um trabalho de apuração que percorreu todo o território do País em busca de relatos sobre o período da ditadura. A atração também exibirá imagens exclusivas da novela de Tiago Santiago.
Confira, abaixo, uma breve entrevista com Roberto Cabrini:
Como surgiu a ideia de um especial sobre a ditadura militar?
Sempre quis fazer um especial sobre a ditadura militar. É a primeira vez na televisão que conseguimos entrevistar os agentes da repressão. Durante a apuração, encontramos vários personagens, mas muitos deles não quiseram dar entrevistas.
Como foi o trabalho de apuração?
Durou três meses. A entrevista com o João Lucena tem quatro horas de duração. Ele conta como eram as torturas, como foi o episódio da prisão da presidenta Dilma Rousseff e outros fatos importantes da história.
Os agentes da repressão serão identificados claramente no programa?
Eles serão identificados e falarão que tudo o que foi feito foi por patriotismo, em nome do Estado.
As vítimas de tortura também serão ouvidas?
Sim. O nosso programa não é uma história de mocinhos e bandidos. Mostraremos também o outro lado. Mostramos a entrevista feita com João Lucena para as suas vítimas.
Sobre a Guerrilha do Araguaia: Ocorrida no início da década de 1970, a guerrilha levou este nome por ter sido travada em localidades próximas ao rio Araguaia, na divisa entre os atuais estados do Pará, Maranhão e Tocantins (na época, pertencente ao Estado de Goiás). A guerrilha foi organizada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B), que, desde meados dos anos 1960, já mantinha militantes na região do conflito.
Sobre Jarbas Passarinho:Foi ministro de três governos durante o regime militar no País. Passarinho nasceu em Xapuri (AC) em 1920, participou da articulação do golpe de 64 e, no mesmo ano, assumiu o governo do Pará, indicado pelo presidente Castello Branco.
Sobre Coronel Curió: A carreira de Curió como agente da repressão começou da década de 70 no sudeste do Pará, região do Araguaia/Tocantins. Chegou no Araguaia como homem do Serviço Nacional de Informação (SNI).
Sobre João Lucena: João Lucena é citado em 4 diferentes listas do Projeto Brasil Nunca Mais. Há sete depoimentos de ex-presos políticos contra João Lucena. É atualmente advogado inscrito na OAB de Rondônia.
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